HISTÓRIA
O composto químico fenol foi, durante o século 19, muito utilizado na confecção de produtos como desinfetantes e ácido salicílico. Nesse período, o composto era derivado principalmente do alcatrão de carvão. Já no início do século 20, o fenol passou a ser produzido utilizando-se benzeno e tecnologias de cloração e de sulfonação para apoiar a crescente indústria de resina fenólica após a Primeira Guerra Mundial. A partir de 1940 até meados dos anos 1960, o desenvolvimento do processo de peroxidação do cumeno tomou conta da produção de fenol de tal forma que, em 1990, mais de 90% da demanda do composto no mundo foi sendo satisfeita pela via de cumeno. [1]
O processo de produção do cumeno foi originalmente desenvolvido entre 1939 e 1945 para atender a demanda de gasolina de aviação com alta octanagem (índice de resistência a detonação) durante a II Guerra Mundial. A implementação comercial deste processo tornou-se possível devido ao resultado de descobertas, totalmente independentes uma da outra, por R.Yu. Udris (Rússia) em 1942, e por H. Hock e S. Lang (Alemanha) em 1944, que foram responsáveis pela catalisação ácida do hidroperóxido de cumila e posterior clivagem em fenol e acetona. Apesar disso, a reação de oxidação do cumeno era conhecida desde 1926, com o propósito original de produzir acetofenona. [2]
Importância e aplicabilidade
O mercado de fenol agora se expande por mais de três séculos com muitas tecnologias e produtos desenvolvidos ao longo do tempo. A refinação do processo ao longo da última década tem sido impulsionada pela crescente indústria eletrônica (na produção de tomadas, interruptores, telefones e câmeras fotográficas), automotiva (na produção de peças de automóveis e de algumas ferramentas), como também por um mercado de resina fenólica (utilizada no revestimento de móveis).[1]
Atualmente, os fenóis estão presentes em medicamentos, fungicidas, bactericidas, desinfetantes, diversos objetos e, infelizmente, estão presentes até mesmo em drogas ilícitas. Esse composto também pode ser empregado na produção de fenolftaleína, além de um de seus derivados, o 2,4,6-trinitrofenol, que pode ser usado tanto em pomadas para queimaduras quanto em detonadores de explosivos. O fenol e seus derivados costumam ser poderosos bactericidas porque eles têm a capacidade de coagular as proteínas dos organismos das bactérias. Por isso, o fenol comum já foi muito usado como desinfetante de instrumentos cirúrgicos, o que diminuiu em muito, naquela época, o número de mortes por infecção hospitalar.